A edição do Cenário da Infância e Adolescência no Brasil 2025, divulgada pela Fundação Abrinq, revela que 31,5% da população residente em favelas e comunidades urbanas no país é composta por crianças e adolescentes com até 19 anos. Em números absolutos, isso representa 5,1 milhões de meninas e meninos vivendo nessas áreas, segundo dados do Censo Demográfico de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em comparação com 2010, o número de crianças e adolescentes nessas moradias aumentou em cerca de 800 mil, passando de 4,3 milhões para 5,1 milhões em pouco mais de uma década. O dado reforça a urgência de políticas públicas específicas para essa parcela da população, que enfrenta condições habitacionais precárias, maior exposição à violência e limitações de acesso a serviços essenciais como educação, saúde e saneamento básico.
A região Norte do país apresentou o maior crescimento proporcional de moradores em favelas e comunidades urbanas entre 2010 e 2022, passando de 11,7% para 18,9% da população local. Já no cenário nacional, a proporção de pessoas vivendo nessas condições cresceu de 6% para 8,1% no mesmo período.
Esse crescimento, somado à significativa presença de crianças e adolescentes nesses territórios, demonstra a necessidade de uma atuação prioritária e articulada do poder público.
A Fundação Abrinq acredita que o enfrentamento das vulnerabilidades sociais exige uma atuação conjunta entre governo, organizações da sociedade civil e iniciativa privada. Por isso, além de monitorar indicadores e produzir conhecimento sobre a realidade da infância e adolescência no Brasil, a organização também atua diretamente com programas, projetos e articulações para transformar realidades e proteger o futuro de milhares de meninas e meninos.
Fonte: https://www.fadc.org.br/noticias/criancas-adolescentes-favelas